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terça-feira, 18 de maio de 2010


VOCÊ SE SENTE UM "PANACA" NESTE MUNDO?

Por que algumas poucas pessoas decidem o que e como criar para nosso uso diário?
(Hacker, talvez você seja um).

Filosofia Hacker
Texto extraido da Revista Geek nº14 - ano III - pag. 54

Outro dia eu estava numa reunião com um dos diretores da empresa em que trabalho. Ele dizia que os técnicos haviam "criado" o ciberespaço mas que serão os marketeiros que irão colonizá-lo. Por fora eu aplaudi o infeliz (afinal, é ele é quem paga meu salário), mas por dentro eu soltei uma tremenda gargalhada. Marketeiros?? Os mesmos que não conseguiram avançar dos ridículos banners e distribuição de CDs de provedores a rodo?
Absolutamente ridículo. A grande maioria dos livros e teorias de negócios para a rede vira lixo 5 minutos depois de serem escritos/pensados. A net NÃO é uma nova forma de continuação do passado. Este é o erro das ponto.com e suas altas e baixas no NASDAQ. A net é algo novo. Vivemos uma época nova. E, para desespero deste meu diretor, são os HACKERS que estão construindo este novo mundo. As grandes corporações, as pontocom e que tais, só conseguem vir na cola das novidades. Os marketeiros, então, só conseguem navegar na internet. E olhe lá.
Exemplos? O linux é o mais banal e evidente. O Napster era outro, antes do Shawn se vender para a RIAA (Recording Industry Association of America) e tentar entrar no mundo dos negócios "sérios". DivX, Peer-To-Peer, Open Source, deCSS... E o pior é que, na maioria das vezes, as grandes corporações são empecilhos para o desenvolvimento da net. Pequenos empecilhos.
Mesmo muitas empresas de informática estabelecidas começaram, e muitas continuaram, hackeando outros produtos mesmos depois de ficarem sérias. E nesta sociedade em dissolução, nós podemos encontrar casos como o da Micro$soft exigindo o pagamento de licenças do Windows nas escolas públicas dos bairros pobres dos EUA e de casas de caridade na Austrália.
Realmente vivemos em mundos totalmente diferentes e que, cada vez mais, irão entrar em choque. E não estas pequenas disputas em tribunais. Existe uma conexão muito forte entre a revolução digital-libertária originada nas universidades norte-americanas e os protestos no mundo todo contra o FMI (Fundo Monetário Internacional) e a OMC (Organização Mundial do Comércio). O que liga estes e outros movimentos que pipocam por aí é a luta por liberdade. Liberdade para o conhecimento, para livre-expressão, para a livre-sobrevivência, para o livre-acesso à informação e à cultura. As pessoas cansaram-se de ter sua vida decidida em Washington, Brasília ou Davos (cidade na Suiça sede do mais famoso Fórum de discussão econômica mundial).
Você não se cansou de permitir que algumas poucas pessoas em Redmond decidam como será o próximo software e a maneira como você vai utilizá-lo, além de criá-lo cheio de bugs e cobrar uma fortuna por ele? Você não está cansado de que alguém decida qual música e que ritmo você vai ouvir naquela rádio para cujo dono alguém em Brasilia deu a concessão? Ou de ter que engolir tremendas besteiras feitas em Hollywood, cheias de ideologia pró-corporações, cheias de de meia-verdades e mentiras completas, mas ser impedido de ver os filmes que quer porque o lançamento no seu país não é economicamente viável? E ser impedido de comprar um DVD de outra parte do mundo e assistir na sua máquina? Você não suporta esse termo "economicamente viável"? Não prefere o "humanamente necessário"? E, para piorar, você acha que as companhias farmacêuticas têm o direito de decidir que vai viver e morrer entre os aidéticos da África? Você sabia que tem, dentro de você, um "produto" patenteado pela indústria que decodificou o código genético? Você se sente um panaca neste mundo?
Bom, se você respondeu sim a estas perguntas, parabéns, você é um hacker mesmo que nunca tenha ligado um computador (o que é estranho, se você está lendo este artigo). Esqueça Marx, Lenin, qualquer outro revolucionário do passado. A revolução que pode reverter este cenárioa está acontecendo AGORA e está localizada no ciberespaço, ou seja, está acontecendo e m todos os lugares ao mesmo tempo. Um dos principais fronts nesta batalha entre a nova e a velha sociedade está no controle da informação. O Open Source é uma arma letal que faz tremer a Micro$oft e outras produtoras de softwares. As redes de distribuição Peer-To-Peer são poderosas ferramentas na luta contra o monopólio de informação e cultura. A Freenet também é um passo para evitar o controle da net por grandes corporações e governos. Temos que continuar avançando, ainda existem vária mudamças a serem feitas. O livre acesso é uma deles. Conexão total para todos. E depois do free software, queremos o free hardware. Sempre que eu vejo um ônibus nas ruas e leio a frase "Transporte: um direito do cidadão, um dever do estado", penso em "Internet: um direito do cidadão, um dever da comunidade".
Sim, comunidade. Nada de estado, nada de empresas. Existem várias alternativas sendo gestadas no ciberespaço. Nada de hierarquias e presidentes com salários astronômicos.

ESTAMOS TODOS NO INFERNO!

ESTAMOS TODOS NO INFERNO!

Esta foi a declaração inicial do criminoso "Marcola" ao repórter do jornal "O Globo" em sua entrevista.

Como primeira postagem, trago um texto de utilidade pública, que mostra, de uma forma realista, a situação 'insolúvel' que se apresenta em nosso país.
O que vocês vão ver é uma análise estarrecedora dos “NOVOS TEMPOS”, que se faz presente na vida de todos os brasileiros.
Pelo depoimento do marginal “MARCOLA”, não há solução, pois NÃO conhecemos nem os problemas.
Gostaria de chamar a atenção de vocês, para o fato desta entrevista ter sido publicada em um dos maiores jornais desse país, e que “TODAS AS AUTORIDADES” tomaram conhecimento da “GRAVIDADE” do assunto. E o que estamos vendo? Exatamente o que o marginal MARCOLA profetizou! E o mais estarrecedor, que NADA de concreto esteja sendo feito!

Segue abaixo a entrevista:

Repórter: - Você é do P.C.C.?

Marcola: - Eu sou mais do que isso. Sou o sinal dos “NOVOS TEMPOS”. Eu era pobre e “invisível”. Vocês nunca me olharam durante décadas.
Olha, antigamente era “MOLE” resolver o problema da miséria, o diagnóstico era óbvio: migração rural, desnível de renda, favelas, ralas periferias, etc. E a solução nunca vinha. E o que fizeram? ABSOLUTAMENTE NADA!
Agora te pergunto: O governo federal alguma vez alocou uma verba para nós?
Não, só aparecíamos nos desabamentos dos morros ou nas músicas românticas, sobre a “BELEZA DOS MORROS AO AMANHECER”, essas coisas... Agora, estamos “RICOS” com a “MULTINACIONAL DO PÓ”. E vocês, estão morrendo de medo.
“NÓS SOMOS O INÍCIO TARDIO DE VOSSA CONSCIÊNCIA SOCIAL”.
Viu? Sou culto... Leio Dante na prisão...

Repórter: - Mas, a solução seria...

Marcola: - Solução? Não há mais solução, cara... A própria idéia de solução já é um grande erro. Já olhou o tamanho das 560 favelas do Rio de Janeiro? Já andou de helicóptero por cima da periferia de São Paulo? SOLUÇÃO COMO? Só viria com muitos bilhões de dólares gastos ORGANIZADAMENTE, com um GOVERNO DE ALTO NÍVEL, uma imensa vontade política, crescimento econômico, uma verdadeira revolução na educação, urbanização geral, etc.
E tudo isso teria que ser SOB A BATUTA quase de uma “TIRANIA ESCLARECIDA”, que pulasse por cima da paralisia burocrática secular, que PASSASSE POR CIMA DO LEGISLATIVO CÚMPLICE (ou você acha que os 287 SANGUESSUGAS vão agir? Se bobear, vão até roubar o P.C.C.). E do JUDICIÁRIO que impede punições.
Teria de haver uma “REFORMA RADICAL” do processo penal do País... Teria de haver comunicação e inteligência entre policiais municipais, estaduais e federais... (veja bem, nós até fazemos “CONFERENCE CALLS” entre PRESÍDIOS...). E tudo isso custaria BILHÕES DE DÓLARES e implicaria numa mudança PSICOSSOCIAL profunda na estrutura política do país. Ou seja: É IMPOSSÍVEL... NÃO HÁ SOLUÇÃO!

Repórter: - Você não tem medo de morrer?

Marcola: - Vocês é que tem medo de morrer, EU NÃO. Aliás, aqui na cadeia vocês não podem entrar e me matar... MAS EU POSSO MANDAR MATAR VOCÊS LÁ FORA... Nós somos HOMENS-BOMBAS.
Na favela tem CEM MIL HOMENS-BOMBAS... Estamos no centro do insolúvel, mesmo! Vocês no bem e eu no mal e, no meio “A FRONTEIRA DA MORTE”, a única fronteira.
Sabe, já somos uma outra espécie, já somos outros bichos, diferentes de vocês.
A morte para vocês é um drama cristão numa cama, no ataque do coração... A morte para nós é o presunto diário, desovado numa vala... Vocês intelectuais não falavam em luta de classe, em “SEJA MARGINAL, SEJA HERÓI?” Pois é: chegamos, somos nós! Há, há...
“VOCÊS NUNCA ESPERAVAM ESSES GUERREIROS DO PÓ, NÉ?”
Eu sou inteligente. Eu leio, li 3000 livros e leio Dante... Mas MEUS SOLDADOS todos são estranhas anomalias do desenvolvimento torto desse país.
Não há mais proletários, ou infelizes ou explorados. Há uma terceira coisa CRESCENDO AÍ FORA, CULTIVADO NA LAMA, se educando no absoluto ANALFABETISMO, se DIPLOMANDO NAS CADEIAS, como um “MONSTRO ALIEN” escondido nas brechas da cidade.
Já surgiu uma nova linguagem. Vocês não ouvem as gravações feitas “COM AUTORIZAÇÃO DA JUSTICA”? Pois é. É outra língua.
Estamos diante de uma espécie de “PÓS-MISÉRIA”. Isso. A “PÓS-MISÉRIA” gera uma NOVA CULTURA ASSASSINA, ajudada pela tecnologia, satélites, celulares, internet, armas modernas. É a merda com chips, com megabytes. Meus comandados são uma “MUTAÇÃO DA ESPÉCIE SOCIAL”, são “FUNGOS DE UM GRANDE ERRO SUJO”.

Repórter: - O que mudou nas periferias?

Marcola: - GRANA. A gente hoje tem. Você acha que quem tem U$ 400 MILHÕES de dólares como o BEIRA MAR não manda? Com 40 MILHÕES a prisão é UM HOTEL, UM ESCRITÓRIO...
Qual a POLÍCIA que vai queimar essa MINA DE OURO, tá ligado? Nós somos uma “EMPRESA MODERNA”, RICA. Se funcionário “VACILA”, é despedido e jogado no “MICROONDAS”... Há... Há... Vocês são um “ESTADO QUEBRADO”, dominado por incompetentes.
"Nós temos métodos ágeis de gestão. Vocês são lentos e burocráticos.
Nós lutamos em terreno próprio. Vocês, em terra estranha.
Nós não tememos a morte. Vocês morrem de medo.
Nós somos bem armados. Vocês vão de três - oitão.
Nós estamos sempre no ataque. Vocês na defesa.
Vocês têm mania de humanismo. Nós somos cruéis, sem piedade.
Vocês nos transformam em superstars do crime. Nós fazemos vocês de palhaços!
Nós somos ajudados pela população das favelas, por medo ou por amor. Vocês são odiados.
Vocês são regionais provincianos. Nossas armas e produtos vêm de fora, somos globais.
Nós não esquecemos vocês, são nossos fregueses. Vocês nos esquecem assim que passa o surto da violência."

Repórter (incrédulo): - MAS O QUE DEVEMOS FAZER?

Marcola (com ar de superioridade): - Vou dar um toque, mesmo contra mim. Peguem os “BARÕES DO PÓ”. Tem DEPUTADO, SENADOR, tem GENERAIS, tem até EX-PRESIDENTES do Paraguai nas paradas de cocaína e armas. Mas quem vai fazer isso? O Exército? Com que grana? Eles não têm dinheiro nem para o rancho dos recrutas... O PAÍS ESTÁ QUEBRADO!
Sustentando um Estado morto a juros de 20% ao ano, e o LULA ainda aumenta os gastos públicos, “EMPREGANDO 40 MIL PICARETAS”.
Você acha que o Exército vai lutar contra o P.C.C. e o C.V. (Comando Vermelho)?Estou lendo o “KLAUSEWITZ”, “sobre a guerra”. Não há perspectiva de êxito... Nós somos formigas devoradoras, escondidas nas brechas... A gente já tem até “FOGUETES ANTITANQUES”... SE BOBEAR, VÃO ROLAR UNS “STINGERS” por aí... Para acabar com a gente só jogando “BOMBA ATÔMICA” NAS FAVELAS... Aliás, a gente acaba arranjando “UMAZINHAS” daquelas bombas sujas mesmo... Já pensou? “IPANEMA RADIOATIVA”?

Repórter: - Mas... Não haveria outra solução?

Marcola: - Vocês só podem chegar a algum sucesso se desistirem de defender a “NORMALIDADE”.
Não há mais normalidade alguma. Vocês precisam fazer uma “AUTOCRÍTICA DA PRÓPRIA INCOMPETÊNCIA”. Mas vou ser franco... Na BOA... Na MORAL. Estamos todos no “CENTRO DO INSOLÚVEL”, só que com uma diferença muito grande, “NÓS VIVEMOS DELE”...
E vocês...
NÃO TEM SAÍDA. SÓ A MERDA!
E NÓS JÁ TRABALHAMOS DENTRO DELA.

Olha aqui, mano, não há SOLUÇÃO. Sabem por quê?
PORQUE VOCÊS NÃO ENTENDEM A EXTENSÃO DO PROBLEMA.
Como escreveu o divino Dante:
“Lasciate ogna speranza voi che entrate!”
OU SEJA:
PERCAM TODAS AS ESPERANÇAS!
Estamos todos no INFERNO!


Fim da entrevista!

Fica a pergunta que não quer calar:

E AGORA?